Polícia Civil investiga ''fake news'' em eleições de Nova Andradina

Compartilhamentos tiveram início na manhã desta sexta-feira (13), em grupos de WhatsApp, segundo boletins de ocorrências

Da Redação


A Polícia Civil de Nova Andradina instalou procedimento de investigação para identificar postagens de fake news referentes à eleição em Nova Andradina, particularmente pela ferramenta WhatsApp. Nos últimos dias, diversos áudios apócrifos tentam induzir as pessoas a acreditar estar havendo distribuição de dinheiros, comida e outros benefícios em troca de votos.

Os atos relacionados à criação, à divulgação e à disseminação de informações falsas podem ser enquadrados em pelo menos oito artigos do Código Penal e um do Código Eleitoral, com penas que vão desde a aplicação de multas até a prisão e a perda de direitos políticos, em caso de candidatos serem os autores. Ou seja, qualquer publicação de notícia sabidamente inverídica (fake news) no intuito de ofender a honra de alguém poderá caracterizar um dos tipos penais dos arts. 138, 139 e 140, todos do Código Penal. Na maioria dos casos, a notícia mentirosa também pode ser tipificada como calúnia e/ou difamação.  A investigação da Polícia Civil em Nova Andradina também se baseia no artigo 234 da Lei 4.737/65.

Nos últimos dias, vários boletins de ocorrência foram registradas dando conta desse crime, entre eles o vereador Dr. Sandro Hoici e do candidato a prefeito pelo PSDB, Roberto Hashioka.

“Meu nome apareceu em um áudio totalmente sem sentido, na qual a pessoa sequer se identifica, tentando me prejudicar politicamente. Quero Justiça, e vamos até o fim para descobrir, e punir, os culpados”, disse o candidato Dr. Sandro.

Para Roberto Hashioka trata-se de um crime que não pode ficar impune. “Infelizmente, em campanhas políticas, temos que enfrentar calúnias, fake news e áudios mentirosos, e nesta campanha não está sendo diferente. Eu prefiro pedir votos, caminhar nas ruas, visitar as pessoas em suas residências e participar de debates. Não é meu feitio fazer esse tipo de apelação”, disse em vídeo Roberto Hashioka.

A Polícia Civil já identificou números de telefones de onde se originaram áudios mentirosos, e muito em breve deve apresentar os responsáveis à Justiça.

Conforme os boletins de ocorrências, ao menos três grupos de WhatsApp foram identificados pela Polícia Civil.

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